1) Os alimentos são importantes no tratamento e prevenção de doenças?
Os
primeiros registros de associação de alimentação à saúde datam de cerca
de 2500 anos atrás. “Que o teu alimento seja o teu remédio e que teu
remédio seja o teu alimento” pregava o filósofo Hipócrates, pai da
Medicina e pioneiro na utilização de alimentos no tratamento e prevenção
de doenças. Com o passar dos anos, nosso organismo passa por diversas
transformações. Para continuar com saúde e disposição, prevenindo e
tratando as doenças já instaladas, a alimentação é um ponto fundamental.
2) A alimentação do idoso deve ser diferenciada?
Sob
o ponto de vista fisiológico, o idoso tem uma redução de diversas
propriedades do organismo. Além de alterações na dentição, que
dificultam a mastigação; e de locomoção, um obstáculo para a busca de
alimento; as funções digestiva, absortiva, gástrica e intestinal estão
reduzidas.No Brasil, lembra o especialista, é também freqüente a
interferência da questão financeira. Com os baixos valores das
aposentadorias, há a dificuldade de aquisição de maior variedade
alimentar, o que reduz as chances do indivíduo ter acesso a todos os
nutrientes necessários.
3) O que deve ser observado na alimentação do idoso?
Em
qualquer faixa etária, é importante a atenção à variedade na hora das
refeições. O prato típico nacional, composto de arroz, feijão, carne,
salada e vegetais, é um bom começo. Na terceira idade, a receita não é
diferente. Os idosos devem ter cuidado para não restringir a alimentação
a carboidratos, como pães e massas; e às formas líquida ou pastosa,
como as sopas. Embora mais fáceis de ingerir e preparar, devem estar
sempre acompanhadas de frutas, verduras, salada e proteína.
As
proteínas são encontradas especialmente nas carnes. Se houver
dificuldade de mastigação, o leite, ainda que o de soja em caso de
intolerância à lactose; bem como peixes ou ovo, são ótimas fontes. No
caso dos legumes, para facilitar devem estar bem cozidos e macios.
Quanto às frutas e vegetais, podem ser ingeridos sob a forma de sucos.
4) A orientação profissional é importante nesta fase da vida?
Assim
como os medicamentos, suplementos vitamínicos e alimentação devem ser
consumidos a partir de orientação de profissionais especializados. Isso
porque a existência de doenças crônicas é um fator relevante a ser
considerado. A vitamina A, por exemplo, é hepatotóxica. Sua
suplementação não deve ser indicada para portadores de insuficiência
hepática. Diabéticos, hipertensos e portadores de insuficiência renal ou
cardíaca são outros exemplos que devem receber atenção especial neste
aspecto. O mesmo vale para os preparados de líquidos de fórmulas
nutricionais especiais para idosos, disponíveis em casas especializadas.
Ainda que voltados às carências típicas desse público, seu consumo tem
seguir indicação profissional.
5) Que sinais de alerta devemos observar?
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